Dagoberto é o novo homem das bolas paradas do São Paulo
Dagoberto está no São Paulo desde 2007. Mas só este ano é que assumiu a função de cobrador oficial de escanteios e faltas em que a bola é alçada na área. Com 201 partidas, só se garantiu no posto depois das saídas de Hernanes (julho do ano passado) e Jorge Wagner (fim do ano passado). Até então, arriscava algumas batidas, mas não era o principal responsável pela função.
Dagoberto é o garçom do time na temporada, além de artilheiro. Foram sete passes para gol – três em jogada de bola parada, após cobrança de falta. Rhodolfo, por duas vezes, a última contra o Santa Cruz, e Miranda, foram os beneficiados.
– É bacana. São números expressivos e fico mais feliz pela situação em que o São Paulo se encontra. É sinal de que está dando certo. Se você tem a bola parada, que decide e é um ponto forte no futebol, então se destaca nas assistências. Estou feliz pelo momento e por tudo que tem acontecido – revelou o camisa 25, em entrevista ao LANCENET!, no sábado, no CT da Barra Funda.
– Procuro nesses momentos ajudar a equipe. Felizmente já faz tempo que não tenho contusões. Com isso, as coisas acabam acontecendo. O Fernandinho teve uma fatalidade (fissura na fíbula direita), o Lucas está suspenso. O elenco é muito bom, então quem entrar vai dar conta do recado – revelou o camisa 25.
Empolgado com a boa fase e também com o pé calibrado, Dagoberto pode ser decisivo diante do Noroeste. Seja com a bola rolando ou então quando ela parar.
Confira bate-bola exclusivo com o atacante
LANCENET!: Como é ser o responsável pelas jogadas de bola parada?
É muito bom. É uma responsabilidade gostosa. Sempre fui um admirador do Rogério, mas o Souza (hoje no Fluminense) achava bacana, pela facilidade que chutava. O Jorge Wagner, Hernanes, sempre também com batidas perfeitas. Tinham uma qualidade grande, então ficava no rebote. Hoje, felizmente veio para mim, o que me deixa feliz.
LANCENET!: Como toma a decisão de qual melhor jeito de bater na bola?
É coisa de momento, de ver na hora. Tem o Alex Silva, Miranda, Rhodolfo, todos com facilidade. Tenho de mandar a bola para eles poderem cabecear. Estou conseguindo deixá-los em uma situação boa para os gols.
LANCENET!: Como executa a cobrança?
Depende da posição da bola, se está mais perto ou mais longe. A bola pode ir mais rápida, viajando no segundo pau, então é coisa de momento. O pessoal fala quando estão passando, indo para área, dizendo como quererem. Todos têm uma confiança em mim e estou feliz por assumir essa responsabilidade.
LANCENET!: Dagoberto, Jorge Wagner ou Hernanes. Quem bate melhor?
Sou um discípulo dos dois. Ambos tem uma grande facilidade. Eu chego para brigar ali, mas ainda atrás dos dois (risos).
LANCENET!: Dá para ver que você levanta muito o pé depois da batida, como fazia o Hernanes. É um estilo?
É o modo como você pega nela (bola). Tenho uma facilidade de colocar a bola forte e com qualidade. Então, você passa o pé da bola. Estou batendo mais, então acabam vindo os comentários de como está sendo. O importante é que os gols estão saindo.
LANCENET!: Quem no Brasil também gosta de ver bater na bola e acha que tem qualidade?
O Paulo Baier (Atlético-PR) tem uma facilidade grande, o Assunção, do Palmeiras, também. Mas tudo é treino e dedicação. Só assim você colhe os frutos. Hoje é fácil analisar como batem, mas tiveram de trabalhar para isso. Tem de se empenhar muito para chegar bem.
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