Rapaz tranquilo, Dagoberto revela uma ansiedade no Inter: 'Títulos'
Paranaense de nascimento, mas oriundo de família torcedora do Inter, Dagoberto Pelentier, 29 anos recém-completados, tenta viver intensamente o dia a dia no Beira-Rio. Caminha pelo pátio do estádio como alguém que está realizando um sonho. Demonstrando ser um cara tranquilo, admite, no entanto, uma ansiedade em especial no Colorado: títulos.
- Espero conquistar logo um. Tenho muita gana por isso. Muitos virão – afirmou.
A entrevista exclusiva fez o atacante chegar mais cedo ao treino da tarde de sexta-feira. Sentado ao lado da estátua do Saci, símbolo do Inter, falou com orgulho de ter sido capitão do time contra o Lajeadense, na última quarta-feira – fato inédito na carreira do atleta.
Durante o papo, o meia-atacante Oscar passou pela sala rapidamente e cumprimentou o colega. Envolvido em imbróglio judicial com o São Paulo, ex-clube de Dagoberto, o garoto não tem condições legais de atuar pelo clube gaúcho. Para Dagol, quem sai perdendo com isso é o “futebol”.
- Briga não leva a nada. É um menino que não pode ficar fora, tem muito talento. Todos nós perdemos com isso - afirmou o jogador, que falou de planos, da adaptação no Inter em três meses e do esperado confronto contra o Santos no Beira-Rio.
GLOBOESPORTE.COM - No último jogo pelo Inter, contra o Lajeadense, você foi o capitão do time. Como foi a experiência?
Dagoberto - Algo novo na minha vida, mas foi bacana. Claro que o time tem jogadores credenciados para isso. Poderia ser o Índio. Respeito todos. É uma conquista também, sinal de respeito e admiração. Que eu possa conquistar mais ainda a cada dia.
Para você, também é como uma resposta para o "episódio do atraso", quando ficou fora do início da partida contra o Santos?
Aquilo foi bem solucionado, de forma tranquila. Foi um erro meu não ir treinar, acabei me equivocando. Tomara que não aconteça de novo. O (técnico) Dorival Júnior é um cara muito transparente, e essas atitudes precisam ser tomadas. Regras existem para ser cumpridas, somos todos iguais. Dou os parabéns para o clube. É difícil achar um local onde as pessoas conversam com o atleta e passam esse respeito.
Você entrou contra o Santos, na Vila Belmiro, quando a partida estava 2 a 0. O quanto vocês esperam para enfrentá-los novamente para, quem sabe, apagar aquele confronto (o Inter perdeu por 3 a 1)?
(O Santos) é uma equipe qualificada, mas temos de nos preocupar com o nosso time e esquecer um pouco o deles. Temos peças de qualidade para marcar e jogar. Precisamos pensar em fazer o melhor em nossos domínios. Temos boas chances de sair com um bom resultado (Inter e Santos se enfrentam na próxima quarta-feira, às 21h50m, no Beira-Rio, pela quinta rodada do Grupo 1 da Taça Libertadores).
Como pressionar o Santos em casa e ainda anular as duas principais peças, que são Neymar e Ganso?
O Santos é muito forte como um todo, tem qualidade individuais. Mas é como falei, precisamos nos preocupar em fazer o nosso melhor, o que tornará as coisas mais difíceis para eles. Ter os cuidados necessários, atuar com inteligência e agredir o tempo todo. Precisamos vencer para ficar em posição favorável no grupo. E o Inter está muito bem, numa sequência bacana.
E o fato de o time titular não ser mais poupado em partidas do Gauchão? Atrapalha ou ajuda?
Para mim, é sempre bom pela sequência, já que você atua mais, independentemente de ser dentro ou fora de casa. A equipe ganha entrosamento para os grandes jogos, que é o mais importante. Com isso, a tendência é crescer. Mas claro que há jogadores que necessitam ser poupados, eventualmente.
Como vocês se dividem entre Gauchão e Libertadores?
É tranquilo,. Temos que nos empenhar ao máximo para vencer, independentemente de qual competição seja. Temos Gauchão, Libertadores e, daqui a pouco, o Brasileirão. Nos empenharemos ao máximo para conquistá-los.
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